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O QUE É A MARCAÇÃO A MERCADO E PORQUE MUITOS BANCOS E CORRETORAS ESTÃO PREOCUPADOS COM ELA?

Se você conferiu o seu extrato da corretora nos primeiros dias úteis do ano, se deparou com uma mudança que pode ter causado estranheza devido ao valor que estava abaixo da aplicação inicial.

Para os investidores em Renda Fixa, 2023 começou com uma nova regra de MARCAÇÃO A MERCADO.

A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) determinou que a partir do dia 02 de Janeiro, todas as corretoras deverão marcar os ativos de renda fixa a mercado.

Mas antes de explicar o que isso significa, já adianto que apesar da mudança observada na exibição do saldo do seu patrimônio, isso NÃO CAUSARÁ NENHUM IMPACTO NA RENTABILIDADE FINAL DO SEU INVESTIMENTO.

Para compreender como funciona a marcação a mercado é preciso lembrar que o investimento em renda fixa é como um empréstimo que será devolvido para o investidor com o valor corrigido pelos juros.

Durante a aplicação, a exibição desse valor em sua conta pode ser feita de duas maneiras: Pela MARCAÇÃO NA CURVA ou MARCAÇÃO A MERCADO.

A marcação na curva é o nome que se dá ao cálculo do valor da compra do título, que é atualizado diariamente pela taxa contratada. Assim, se um ativo paga 10% ao ano, por exemplo, esse valor será revertido em uma taxa diária que será acrescida ao valor atual todos os dias até a data de vencimento.

Porém, esse cálculo não reflete fielmente o valor da negociação do título no mercado caso ele seja vendido antes da data de vencimento, já que as taxas podem mudar ao correr dos dias e alterar a precificação do investimento.

Já a marcação a mercado mostra  com mais clareza as oportunidades de ganhos caso o ativo seja vendido antes da data de vencimento para reinvestimento e também se for mantido até a data de vencimento pela taxa adquirida.

Para ilustrar melhor, imagine que você decida comprar uma casa para sair do aluguel e de acordo com seus cálculos, o tempo necessário para quitar esse investimento seja de 10 anos.

A impressão que se tem é que com o passar do tempo, o investimento renda de maneira constante até se obter o retorno esperado na data prevista, como ocorre com a marcação na curva.

Entretanto, neste período podem surgir interessados na compra de sua casa oferecendo valores diferentes de acordo com as tendências do mercado. Essa oferta de preços é semelhante à marcação a mercado dos seus investimentos.

Enquanto a marcação na curva traz uma sensação de progressão constante, mas que não reflete o valor real do ativo no dia, a marcação a mercado, apesar da aparência de instabilidade, não altera a rentabilidade do ativo.

A marcação a mercado era utilizada apenas para títulos do Tesouro Direto, mas com a nova determinação da Anbima, agora também será padrão para debêntures, CRIs, CRAs e títulos públicos (títulos do tesouro vendidos no mercado secundário).

Essa regra que será aplicada para pessoas físicas e jurídicas, exceto empresas de médio e grande porte, tem a intenção de deixar mais claro o valor atualizado da sua carteira de investimentos, de acordo com o valor que esses títulos estão sendo negociados no mercado.

Ou seja, haverá mais informação e transparência nos casos em que se deseja vender os ativos antes do vencimento do prazo.

Além disso, a marcação a mercado é o método padrão em economias como os Estados Unidos e toda Europa ocidental. Portanto, essa regulação aproxima o Brasil dos padrões internacionais.

Sabendo disso, essa mudança não deve ser motivo de preocupação para os investidores.

Se você pretende investir até o vencimento do seu título, poderá observar constantes variações de preço, mas que não alterarão em nada o rendimento final que será pago no vencimento de acordo com a taxa contratada.

E caso você esteja a procura de bons momentos para fazer a negociação dos seus ativos, essa nova regra trará mais clareza, mostrando a volatilidade que antes não ficava tão clara.

A preocupação dos bancos e corretoras é que com a marcação a mercado ficará mais explícito para o investidor os custos da compra dos títulos, revelando que o valor pago é maior do que o recebido, devido à parte que é destinada para a corretagem.

Portanto, isso é um grande benefício para os clientes e o mercado, que serão beneficiados com mais liquidez e transparência.

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