Selic (Sistema Especial de Liquidação e Custódia) é a taxa básica de juros da economia brasileira e exerce influência sobre todas as taxas de juros do país, como de empréstimos e financiamentos.
Ela é o principal instrumento que o Banco Central utiliza para controlar a inflação, de maneira que quando há um aumento, os juros cobrados nos financiamentos, empréstimos e cartões de crédito ficam mais altos e desestimulam o consumo.
Desde Março de 2021, a taxa Selic está sendo elevada consecutivamente e já chega ao valor de 12,75%.
E sempre que uma nova alta é anunciada, surge o questionamento: “Quais os melhores investimentos em renda fixa para aproveitar esse momento?”.
Antes de respondermos a essa pergunta, conheça os tipos de renda fixa:
TÍTULOS DE RENDA FIXA:
Essa classe de ativos costuma atrair investidores que buscam preservar o patrimônio, mas todos podem se beneficiar dele, principalmente para objetivos que demandam mais liquidez e tem um horizonte de tempo curto.
O cálculo do rendimento e o prazo de vencimento são fixados e estabelecidos no momento da aplicação e cada tipo é diferenciado pela referência para calcular os juros, que pode ser uma taxa fixa, um indexador (como IPCA e CDI), ou uma combinação de ambos.
Dito isso, os títulos em renda fixa podem ser:
PRÉ-FIXADOS:
Têm o rendimento fixo até a data de vencimento do título e não muda com as condições econômicas. Por isso são ideais para quem busca previsibilidade, já que é possível saber qual será o lucro no momento do resgate.
PÓS-FIXADOS:
Ao contrário do que o nome sugere, a taxa de retorno não é definida ao final do tempo de aplicação. Na verdade, um título pós-fixado é vinculado a um indexador da economia.
Se, por exemplo, um banco oferece uma LCA pós-fixada que rende 100% do CDI, significa que o retorno do título será igual a variação percentual do CDI naquele período.
Essa modalidade é mais indicada para quando há previsão de alta dos indexadores, o que requer algum conhecimento sobre as tendências atuais do mercado.
HÍBRIDOS:
Assim são chamados os títulos pós-fixados indexados à inflação, ou seja, eles rendem a variação percentual da inflação.
O principal objetivo desta aplicação é proteger o dinheiro do investidor da desvalorização causada pela inflação.
Vale lembrar que em momentos de juros altos, os títulos pré-fixados perdem sua atratividade, pois seus rendimentos podem não acompanhar a alta da taxa Selic.
Entretanto, em um momento de queda, esse título passa a ser atrativo, vez que é possível pré fixar sua rentabilidade enquanto os juros do mercado tendem a cair.
Porém, uma carteira de investimentos deve ser estratégica e balanceada com uma porcentagem de cada ativos, já que a economia é cíclica.
FUNDOS DE INVESTIMENTOS
Os fundos de investimentos são como uma associação de investidores que reúnem seus recursos para que sejam aplicados no mercado financeiro e de capitais por uma instituição ou um gestor profissional.
O rendimento das aplicações é dividido entre os participantes de acordo com a proporção da contribuição de cada um.
Na estratégia de renda fixa, os fundos de investimentos podem ser classificados de acordo com as aplicações que predominam na carteira e das estratégias adotadas. Conheça os mais comuns:
Fundos Simples:
É uma opção de investimento fácil, segura e barata cuja principal característica é manter no mínimo 95% do patrimônio aplicado em títulos públicos federais.
Também é possível a aplicação em operações compromissadas envolvendo títulos públicos federais ou papéis de instituições financeiras com risco de crédito equivalente ao governo.
Fundos Referenciados:
Essa classe procura acompanhar a variação de um indicador de referência, que pode ser um índice de mercado ou uma taxa de juros.
O tipo mais conhecido é o fundo DI que tem como referência o CDI e cujo objetivo é seguir a variação diária das taxas de juros praticadas entre os bancos.
Fundos de Crédito Privado:
O maior volume de aplicações é destinado a papéis privados emitidos por empresas, por isso são considerados mais arrojados.
Os fundos de crédito privado privado são uma classe de ativos que investem nos títulos de renda fixa como Debêntures, Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA), Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), e outros, dos quais alguns são mais rentáveis que os títulos públicos, apesar do maior risco de crédito.
Fundos de Debêntures Incentivadas:
É um tipo de crédito privado, pois seus recursos são aplicados em papéis emitidos por outras empresas, em que sua principal característica é a isenção do Imposto de Renda.
Debêntures incentivadas são títulos de dívidas emitidos por empresas não financeiras, nas quais os recursos são direcionados para obras ou serviços de saneamento, transporte, energia e telecomunicação.
Então, por ser assunto de interesse público e por incentivarem o desenvolvimento nacional, são isentas do Imposto de Renda.
Assim como em outros títulos de renda fixa, as empresas recebem os recursos junto ao mercado para compor o seu passivo e pagam em troca uma taxa de juros pelo capital investido.
Essa classe de ativos são atreladas a algum índice de inflação, como o IPCA e, acrescido de uma taxa de juros anual, se assemelhando aos títulos do Tesouro IPCA. Além disso, elas têm prazos mais longos de vencimento, no mínimo quatro anos.
Fundos de índices (ou ETFs):
Podem ser outra possibilidade de diversificação na renda fixa para aproveitar a alta da Selic.
Existem 7 opções de ETFs de renda fixa na B3, IMBB, B5MB, IMAB, B5P2, IB5M, IRFM e FIXA. Cada um deles apresenta estratégias diferentes, de forma que eles são elaborados com finalidade de replicar um índice, como os índices da Anbima.
Entretanto, antes de qualquer decisão é essencial ter em mente seus objetivos para escolher as melhores opções, seja em renda fixa ou variável, de acordo com o seu perfil.
Para isso, você pode contar com a ajuda dos especialistas do nosso time que poderão fazer indicações de investimentos personalizados ao seu caso e ao seu momento atual.Conheça nossa metodologia de trabalho acessando nosso site ou converse com um de nossos consultores clicando aqui.